Me lembro como
se fosse ontem, de quando entrei pela porta daquele restaurante, e vi você se
aproximando de uma das mesas, segurando duas taças de Chandon, estampando seu lindo
sorriso, e seu olhar mais sedutor.
Lembro também
de como me senti, quando percebi que uma das taças não era pra mim. Meu corpo
paralisado, com exceção das minhas pernas que só sabiam tremer, meu coração
completamente acelerado, minha garganta tinha um nó que parecia que jamais de
desfaria.
Após alguns
minutos, você notou que eu estava na porta, apenas observando , completamente
estática. Imediatamente se levantou e
veio em minha direção. Sua feição não era mais misteriosa e apaixonada. Pude
sentir o cheiro de culpa no momento em que você se aproximou. Eu
definitivamente, queria vomitar!
Como era de se
esperar você começou a falar, tentando se explicar, e segurou minha mão.
Naquele momento eu havia saído completamente do transe. Sem querer ouvir mais
desculpas, coloquei a famosa máscara do “está tudo bem”, dei o meu melhor sorriso,
e fui embora.
Não vou negar que passei a noite em claro,
talvez até alguns dias, me lembrando de cada momento e de cada palavra, que
hoje, haviam perdido completamente o significado.
Confesso que o
desapego foi a pior parte, afinal, eu te amava. Tiveram dias, em que meus
melhores amigos eram 3 barras de chocolate, um pote de nutella e meus filmes
antigos.
Não tenho
vergonha de admitir que sofri, eu me permiti sofrer, o tempo que foi
necessário.
Enquanto eu me
recuperava e me sentia mal, você aproveitava, adiava seu sofrimento. Fazendo
questão de mostrar que eu não fazia a menor falta.
Agora, é você quem me quer de volta, é você que chora e se humilhava na tentativa de me ver com alguma expressão menos indiferente, ou ao menos ouvir uma palavra minha. Em alguns momentos preciso me esforçar para ter alguma lembrança sua, mas nenhuma delas é tão importante a ponto de valer o esforço. O jogo finalmente havia invertido. E eu finalmente.. estava curada!
Agora, é você quem me quer de volta, é você que chora e se humilhava na tentativa de me ver com alguma expressão menos indiferente, ou ao menos ouvir uma palavra minha. Em alguns momentos preciso me esforçar para ter alguma lembrança sua, mas nenhuma delas é tão importante a ponto de valer o esforço. O jogo finalmente havia invertido. E eu finalmente.. estava curada!
Hoje, percebo, que não há sofrimento que dure, após algumas noites
“de meninas” com as amigas, regadas à vodka, e uma overdose de compras. Aliás, não existe
sensação melhor que trocar um “babaca” pela coleção completa da Louis Vuitton,
ou por vários pares de sapatos. E caso precisem de de uma dica, na duvida, escolham
sempre Louboutin, o salto 15 e solado vermelho, são simplesmente perfeitos na
hora de “pisar” e dão um toque de classe a ocasião.