quinta-feira, 1 de março de 2012

"Fuck love, give me shoes!"


  

   Me lembro como se fosse ontem, de quando entrei pela porta daquele restaurante, e vi você se aproximando de uma das mesas, segurando  duas taças de Chandon, estampando seu lindo sorriso, e seu olhar mais sedutor.
   Lembro também de como me senti, quando percebi que uma das taças não era pra mim. Meu corpo paralisado, com exceção das minhas pernas que só sabiam tremer, meu coração completamente acelerado, minha garganta tinha um nó que parecia que jamais de desfaria.
   Após alguns minutos, você notou que eu estava na porta, apenas observando , completamente estática.  Imediatamente se levantou e veio em minha direção. Sua feição não era mais misteriosa e apaixonada. Pude sentir o cheiro de culpa no momento em que você se aproximou. Eu definitivamente, queria vomitar!
   Como era de se esperar você começou a falar, tentando se explicar, e segurou minha mão. Naquele momento eu havia saído completamente do transe. Sem querer ouvir mais desculpas, coloquei a famosa máscara do “está tudo bem”, dei o meu melhor sorriso, e fui embora.
    Não vou negar que passei a noite em claro, talvez até alguns dias, me lembrando de cada momento e de cada palavra, que hoje, haviam perdido completamente o significado.
 Confesso que o desapego foi a pior parte, afinal, eu te amava. Tiveram dias, em que meus melhores amigos eram 3 barras de chocolate, um pote de nutella e meus filmes antigos.
   Não tenho vergonha de admitir que sofri, eu me permiti sofrer, o tempo que foi necessário.
   Enquanto eu me recuperava e me sentia mal, você aproveitava, adiava seu sofrimento. Fazendo questão de mostrar que eu não fazia a menor falta. 
   Agora, é você quem me quer de volta, é você que chora e se humilhava na tentativa de me ver com alguma expressão menos indiferente, ou ao menos ouvir uma palavra minha. Em alguns momentos preciso me esforçar para ter alguma lembrança sua, mas nenhuma delas é tão importante a ponto de valer o esforço. O jogo finalmente havia invertido. E eu finalmente.. estava curada!
  Hoje, percebo, que não há sofrimento que dure, após algumas noites “de meninas” com as amigas, regadas à vodka,  e uma overdose de compras. Aliás, não existe sensação melhor que trocar um “babaca” pela coleção completa da Louis Vuitton, ou por vários pares de sapatos. E caso precisem de de uma dica, na duvida, escolham sempre Louboutin, o salto 15 e solado vermelho, são simplesmente perfeitos na hora de “pisar” e dão um toque de classe a ocasião.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

"Xeque-mate"



   Se lembra de quando nos conhecemos naquela noite? Você me olhava enquanto eu dançava, descontraída e indiferente.
Você apenas observava. Algumas vezes esboçava um leve sorriso no canto da boca. Mas pra mim, você ainda era um “daqueles”, que em alguns minutos chegariam com alguma cantada idiota, e sairia humilhado com alguma resposta minha.
   O tempo passou,  e você continuava me observando, enquanto bebia seu drink. Mas me incomodou o fato de você não vir se apresentar. O fato de você não querer descobrir meu nome, ou algo sobre mim.
   Percebi que seria mais um daqueles jogos, de quem seria o primeiro a ceder, e mostrar algum interesse real. Seria mais dos famosos "jogos de poder". Eu já havia jogado  antes, conheço bem as regras, aliás já tenho minhas próprias regras. E sinceramente, eu nunca dispenso um bom jogo.
   Sua aparente inquietação me fez perceber que não era sua primeira vez. Você não era apenas um iniciante, já havia jogado varias vezes, e se deu bem. Não estava acostumado a perder. Não poderia prever que alguma garota seria capaz de não cair imediatamente aos seus pés, ou de resistir por mais de 20 minutos ao seu lindo sorriso, e sua barba por fazer dando um charme intencional ao seu maxilar perfeitamente desenhado. Mas nem isso fez com que você se rendesse. Afinal, no seu jogo você era o mestre, era você quem dava as cartas. 
   Por um momento também comecei a me inquietar, eu nunca havia me importado com ninguém daquela maneira. Nenhum homem, havia sido indiferente por tanto tempo, eles sempre se rendiam, e o principal nenhum deles era capaz de me manter interessada por mais de 5 minutos. Talvez aquilo fosse um “jogo” pra mim, mas pra você, podia não significar nada, ou talvez você não estivesse  tão interessado.
   De repente você se levanta, e se aproxima. Em questão de segundos, um dos seus braços envolve minha cintura, sua mão não estava mais livre, ela agora estava puxando levemente meus cabelos, enquanto você me beijava. Eu havia correspondido ao beijo, meu corpo estava quente, e completamente desarmado.  Então você simplesmente se afastou, e  foi embora. Sem se despedir, sem sequer saber meu nome, ou algo sobre mim..
   Fiquei paralisada no meio da pista, completamente estática, eu havia perdido no meu próprio jogo. Você se rendeu, e finalmente cedeu, mas não importava. Nada importava. Você foi o vencedor, conseguiu chamar minha atenção, e me manteve interessada  por uma noite inteira. Nunca pensei que esses jogos pudessem ser tão intrigantes, e que a sensação de um "Xeque-mate", pudesse ser tão perigosa e excitante. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Escolhas erradas, geram histórias. De drama...






Estar interessado em alguém, quase sempre é sempre a mesma coisa, passamos a reparar certos detalhes na pessoa, reparamos no modo de agir, nas roupas, nos amigos, até mesmo os lugares que ele frequenta.
   Nós meninas principalmente, quando estamos afim de algum garoto, stalkeamos a cada segundo, tentando obter o máximo de informações possíveis sobre ele. (se soubessem como é trabalhoso juntar tantas informações sobre a vida de alguém, provavelmente seriamos contratadas pela Interpol ou algo do tipo.)
   Logo, decidimos nos aproximar, e tentar criar laços, que futuramente servirão como “base” para uma sonhada e linda relação.
   Claramente, após o resultado de todo esse processo, cabe a você, decidir se a pessoa é, ou não, um parceiro compatível. Se ele atenderá, ou não, às suas expectativas. Se ele realmente vale a pena. E principalmente, se no final de tudo, todo esse esforço e tempo dedicados à ele, valeram a pena.
   Meninas se apaixonam por meninos babacas, os famosos "galinhas" e depois ficam sofrendo e se humilhando por eles, postando frases de auto-ajuda da Clarice Lispector disfarçadas de indiretas, como se a culpa de tudo, fosse deles, mas na verdade, não é.

            
   “Se a culpa não é deles, de quem é então?!”

                    
   Se depois de um certo tempo, e de toda “pesquisa” feita em cima do cara e da personalidade dele, o resultado foi: um idiota que te trata com indiferença, que nunca te liga ou responde suas SMS, que te considera  sempre a “segunda opção”, que prefere uma noitada com os amigos ao invés de passar uma noite com você, que te leva pra balada e te deixa sozinha enquanto “paquera” outras meninas.. é de se esperar que você faça a escolha certa.
   Você não é a culpada pelas atitudes dele. Afinal, “homens gentis atualmente, são tipo urso panda, peixe-boi, arara-azul, todos estão em extinção.”
   O amor, assim como o “sofrer por amor”, é uma via de mão dupla. São escolhas feitas por nós mesmas. A única pessoa capaz decidir o que é realmente bom pra você, é você mesma.
   Esperar nem sempre é uma opção ruim, as vezes é necessário apenas relaxar e deixar que as coisas aconteçam, somente quando você estiver em paz consigo mesma, tranquila.. alguém surge pra te acrescentar algo e não só pra te “completar".

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ps. Eu me amo!


  Quando nos apaixonamos pela primeira vez, nos entregamos sem medo, como se não houvesse amanhã. Apenas aproveitamos a experiência e a sensação maravilhosa de estarmos, apaixonados. São sentimentos inexplicáveis, que nos fazem querer jogar tudo pro alto, e apenas dizer “vem comigo, pra qualquer lugar, estou pronta para dividir o melhor do meu mundo com você”, uma sensação de que teremos aquela pessoa para o resto de nossas vidas, e viveremos felizes para sempre. No mundo real as coisas não funcionam dessa forma, na verdade até podem funcionar, porém, na maioria dos casos não é bem assim, aos poucos a convivência transforma completamente as coisas, além dos lindos sentimentos e provas de amor, passamos a expor nossa personalidade completa, incluindo nossos piores defeitos, assim como também conhecemos os defeitos da outra pessoa.
  O tempo passa e logo você percebe que a pessoa que você ama e que sempre sonhou, não é o escolhido.    Vocês já não se divertem mais juntos, brigam o tempo todo. A cada discussão, a cada choro, você se fecha, por medo de que cada “bandeira branca” possa ser uma ilusão, e medo de o sofrimento vir em dobro.  A fase da “endorfina” de inicio de relacionamento acabou, e nada mais faz sentido, vocês se tornam praticamente estranhos para o outro. E então você percebe que tem que deixá-lo ir. E sinceramente, não é uma das melhores sensações do mundo.
  Novas pessoas, novas oportunidades de felicidade cruzam seu caminho, mas você está muito “machucada” para perceber. Tem medo de acabar se apegando a outra pessoa, e sofrer novamente, “ninguém é de ninguém, as pessoas não se pertencem” é sua defesa. E isso é verdade, não somos propriedade do outro. A verdadeira questão é que quanto mais você tenta escapar desta “prisão” e fugir de novos relacionamentos,  acaba sendo trancafiado em “jaulas” feitas por você mesmo.  Algumas meninas chamam isso de “amor próprio”.
  Eu penso que amor próprio não é você se isolar do mundo, e principalmente, de todos os garotos do mundo, por causa de um primeiro amor frustrado.
  O amor próprio começa a partir do momento em que você se liberta de todos os fantasmas, aceita outra pessoa em sua vida, mas reconhece que sua prioridade é você, que seu amor, é você. Amor próprio não é ser completamente fria e indiferente a um término, é você se permitir sofrer, mas ter certeza de que o sofrimento irá passar, e pode ter certeza que vai, assim  “como tudo na vida passa, e tudo com o tempo se pacifica”. É você se sentir bem ao lado de quem você gosta, mas também se sentir bem consigo mesma. É usar a “solidão” ao seu favor, aproveitando seu tempo para fazer coisas que te acrescentem algo, ou até mesmo que não acrescentem nada, mas algo que você simplesmente ama fazer. É não ter medo de dizer que vocês tiveram momentos maravilhosos e inesquecíveis, mas que você seguiu em frente.
  É saber reconhecer que as desilusões, vem unica e exclusivamente para nos tirar da famosa "zona de conforto", do nosso "mundinho cor de rosa", e nos mostrar a dura realidade. E por fim, amor próprio é principal fator para nossa metamorfose de meninas para enfim, mulheres.